sexta-feira, abril 30

Folha da Restauração (Nº.004)

Impotência
A meu ver existem alguns tipos de impotência:
- Aquela em que você se acha frágil, sem coragem de enfrentar as situações difíceis que se estabelecem em sua vida;
- Aquela em que é mais cômodo, simplesmente, ignorar o problema fingindo que ele não está acontecendo. Permanecendo passivo, e esperando que o tempo se encarregar de resolvê-lo;
- Aquela em que você se coloca como vítima e por isso encontra desculpas e ou justificativas para não resolver o problema, pois poderá criar mais conflitos; ser considerado inconveniente; ou mesmo não querer desagradar às pessoas, permanecendo sempre como a imagem de um sujeito legal.

Todas essas formas de impotência nos levam a passividade, e esta condição tem a capacidade de se alastrar por todas as áreas de nossa vida. E assim passamos a, apenas, esperar a solução pelo passar do tempo (e dizemos: o tempo vai se encarregar de solucionar esse problema!). Isso é um engano! Dessa maneira perdemos nosso foco, nossa objetividade e a vontade de lutar, somos levados pela correnteza dos acontecimentos sem que tomemos qualquer iniciativa. Abrimos espaços para sentimentos como a frustração, a inutilidade e o vazio interior que, sem pedir licença, vão se instalando em nosso íntimo, até que se transforme numa depressão que invade nosso ser. Nesse caso, tenho que reconhecer que não sou Deus, e, portanto, devo admitir: sou impotente para controlar minha tendência de fazer as coisas erradas e que a minha vida encontra-se fora de controle. "Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres "

Existe, ainda, a impotência sentida por pessoas que acreditam poder tudo! Esse é o tipo de impotência mais traiçoeira. Pois é um sentimento muito próprio daqueles que acreditam e se mantêm senhores de se próprios; que têm o controle de suas vidas em suas próprias mãos. E como conseqüência dessa má interpretação do livre arbítrio, essas pessoas experimentam o sabor amargo de se sentirem impotentes nas tribulações. Neste caso, a impotência se revela como uma auto-derrota, que também deprime o ser humano.

Porém, a impotência admitida e confessada a DEUS, por aqueles que têm suas vidas entreguem ao senhoril de Jesus Cristo, é a forma pela qual se reconhece as limitações da condição de ser humano. A humildade do cristão que reconhece ser impotente, para vencer as adversidades em sua vida, e a sabedoria de pedir a capacitação do Espírito Santo de Deus agrada ao nosso criador, que mesmo antes de pedi-lo alguma coisa, Ele já sabe nossas necessidades. Porém Ele aguarda o nosso chamado! Buscar a interseção divina na condução de nossas vidas significa ter um prumo para guiar nossas atitudes de forma equilibrada.

Somos impotentes em muitas situações, como por exemplo, diante de um vício, de uma compulsão, de um mau hábito que julgamos ter total controle sobre eles, no entanto quando decidimos nos livrar deles, percebemos que necessitamos de ajuda, pois já fomos completamente dominados por eles. A impotência colocada aqui não deve ser interpretada como algo depreciativo, não! Essa impotência é aquela em que se admitem as limitações para atingir um objetivo, e se reconhece a necessidade da ajuda de Deus. E para isso acontecer é precisos dá o primeiro passo: admita sua condição de impotência diante de suas feridas, dependências e comportamentos compulsivos e que sua vida se tornou ingovernável.

"Pois eu sei que o que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, ainda que a vontade de fazer o bem esteja em mim, eu não consigo fazê-lo" Rm 7:18

A ansiedade por ter todas as áreas de nossa vida sob o nosso controle nos leva a grandes perdas financeiras, relacionais, amorosas.... É preciso abandonar o orgulho para admitir a impotência diante de Deus. “Tudo posso naquele que me fortalece” Fl 4:13

Cláudia Fontes

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