terça-feira, abril 30

PROCRASTINAÇÃO UM MAL FÁCIL DE SER VENCIDO !


Procrastinação é um distúrbio crônico e prejudicial, mas fácil de ser vencido

É aquele hábito de deixar tudo para depois: uma tarefa "chata", os estudos, o regime alimentar, as práticas físicas, o abandono de um vício, passar a economizar – coisas que sabemos que precisamos fazer, mas que, por inúmeras razões, ficamos adiando; muitas vezes nos enganando com desculpas frágeis e, não raro, falsas.

O procrastinador é alguém faz várias coisas ao mesmo tempo, exatamente para não fazer aquilo que realmente deve ser feito. Quando pensa no que de fato tem de fazer, sente-se preso e sem reação.

As consequências não raro são danosas, especialmente a longo prazo, quando, olhando pra trás, se percebe quanto tempo foi jogado fora por falta de ação objetiva.

Ao deixar de cumprir certas obrigações, decepcionamos alguém e perdemos credibilidade e oportunidades. Isso se percebe claramente na vida conjugal, no convívio familiar e na carreira profissional. Depois ficamos observando a trajetória de outras pessoas, que entraram em forma, ganharam conhecimentos e avançaram profissionalmente.

Quando vejo pessoas querendo empreender grandes mudanças de imediato, sei que estou diante de um procrastinador, porque ele fica inativo por muito tempo e, depois que percebe nos outros o quanto não evoluiu, resolve mudar tudo de uma vez.

É óbvio que não vai conseguir, porque as nossas grandes realizações são conquistadas aos poucos.

Desse modo, novamente derrotada, essa pessoa tende a desanimar e voltar a procrastinar novamente, repetindo um ciclo fadado à infelicidade.

Enquanto procrastina, a pessoa vai absorvendo estresse por uma oculta sensação de culpa, sentindo a sua perda de produtividade e cultivando vergonha em relação aos demais, por não conseguir cumprir seus compromissos.

A formação de um “enrolador” muitas vezes começa na infância. Crianças podem tornar-se procrastinadoras no futuro por conta do tratamento que recebem dos adultos. Daí a conveniência de revermos constantemente as nossas crenças, para nos livrarmos de influências negativas que adquirimos ao longo da vida.

Duas das vertentes mais clássicas são:

- A criança extremamente protegida, condicionada a achar que sempre alguém fará por ela. Quando adulta, ela tenderá, inconscientemente, a sentir-se insegura para agir, por não ter alguém auxiliando-a.

- A criança que é exageradamente cobrada. Ela pode desenvolver a característica do perfeccionismo. Assim, ela tende à procrastinação por acreditar que, mesmo se dedicando, não conseguirá realizar as coisas de modo primoroso – e acaba postergando tudo o que acha importante.

Tratamento
A procrastinação crônica é quase sempre associada a alguma disfunção psicológica ou fisiológica. Portanto, é passível de tratamento.

Quando recebo pacientes procrastinadores, incluo no tratamento algumas recomendações que ajudam muito a livrá-los dessa anomalia. Eis algumas:

- Reconheça, quando está enrolando, que pode haver mais dor em procrastinar do que em realizar a tarefa. Muita coisa é menos complicada do que parece ser.

- Não deixe aquele afazer chato por último, para que ele não se torne urgente e o apavore ainda mais.

- Experimente a sensação de alívio e o fortalecimento da auto-estima após concluir uma tarefa e perceba que livrou-se dela de maneira positiva, enfrentando-a.

- Para encorajar-se, pense no que vai deixar de ganhar ou no que pode perder caso não realize essa atividade. Se puder escrevê-las e avaliá-las seriamente, melhor.

- Se a tarefa for muito trabalhosa, divida-a em partes e vá realizando uma a uma, com um pequeno intervalo entre elas, e comemorando (sim!) a última concluída.

- Abra-se para o novo, deixando de agarrar-se às velhas experiências e crenças. O passado não volta mais; o presente é continuamente feito de novos desafios e o futuro é construído passo a passo pelas ações do presente.

- Quando perceber que está querendo procrastinar de novo, proponha-se a atuar por apenas alguns minutos na ação que está tentando evitar. Pode ser que você perceba que não é tão desagradável quanto pensava e venha a vencê-la (touché!).

- Caso lhe seja por demais desagradável, dê-se uma pausa e passe a fazer algo útil (não pare de agir), mas determine quando voltará ao assunto pendente.

A principal vitória é vencer a procrastinação em si. Trata-se de uma vitória para a vida inteira, como a daquela criança que um dia perde o medo do escuro.

* Alessandro Vianna é psicólogo clínico e sente um enorme prazer em estudar e entender o comportamento humano. Clique neste link para conhecer melhor o seu trabalho.

Fonte :

segunda-feira, abril 29

Sorriso, tratamento de beleza

Gesto ativa o córtex orbitofrontal do observador, região do cérebro que percebe uma pessoa como atraente

Suzana Herculano-Houzel
Um sorriso genuíno no rosto dos outros é um sinal inconfundível de bem-estar e felicidade. Isto porque felicidade e sorriso começam no cérebro, no mesmo lugar. Faça algo bem feito, receba um agrado ou um carinho ou ache graça em uma piada, e seu sistema de recompensa se encarrega de fazer com que as regiões cerebrais que organizam movimentos automáticos – aqueles que fazemos sem precisar pensar – estampem um belo sorriso em seu rosto. Essas regiões tratam de elevar os cantos da boca, relaxar as sobrancelhas e, o mais importante, apertar levemente as pálpebras, contraindo os músculos orbiculares dos olhos. São esses que colocam aquelas ruguinhas nos cantos dos olhos, o sinal mais evidente de felicidade e do sorriso genuíno.


Ao mesmo tempo que o sistema de recompensa lhe dá o prazer do sorriso e essas regiões motoras fazem seus músculos estamparem esse prazer no seu rosto, é acionado também o córtex orbitofrontal (OFC), parte do cérebro que registra quando algo de bom acontece – como, por exemplo, a causa do sorriso. É assim que passamos a associar evento e resultado, acontecimento e sorriso. Como resultado, ver a causa do sorriso de novo (uma pessoa em particular, um lugar ou paisagem, por exemplo) torna ainda mais fácil sorrir mais uma vez. Apenas lembrar-se do que causou o sorriso também já funciona.


O incrível é que estampar um sorriso no rosto pode ser o suficiente para que comecemos a nos sentir bem. O truque funciona mesmo se você instruir um ator a montar um sorriso, músculo a músculo. Quanto mais os atores aprendem a dominar o músculo orbicular dos olhos, aquele que circunda as pálpebras e dá as ruguinhas, adotando uma expressão de felicidade genuína, mais seu corpo começa a se preparar para a felicidade, proporcionando-lhes um bem-estar que eles não sabem explicar. A neurociência explica: um trabalho recente mostrou que o sorriso genuíno já basta para ativar o córtex da ínsula, região do cérebro que nos dá sensações subjetivas como a do bem-estar.


Mas não para aqui. Um sorriso genuíno é contagiante, e espalha a felicidade ao nosso redor. Através de neurônios-espelho, que nos fazem repetir automaticamente ações ao nosso redor, ver um sorriso no rosto de quem fala com você aciona as mesmas áreas do cérebro responsáveis pelo seu próprio sorriso, inclusive a ínsula e o OFC. Como seu cérebro imita o alheio sem fazer esforço, ver alguém sorrindo basta para você começar a se sentir assim por dentro também – o que acaba se refletindo por fora.


Já o sorriso forçado, aquele que damos tantas vezes para a câmera, não funciona nem convence. Ele parte de regiões do cérebro que comandam movimentos voluntários, e não causa ativação do OFC. Portanto, não diz ao resto do cérebro que algo de particularmente bom aconteceu. Ou seja: você pode até sorrir por fora, mas seu cérebro sabe que você não está sorrindo por dentro.


Felicidade gera felicidade: ela passa de um cérebro para o próximo através do sorriso. Por isso o bem-estar do outro é contagiante; por isso nos sentimos melhor perto de pessoas sorridentes. E, como se não bastasse, ainda ficamos mais bonitos ao sorrir: o OFC, que é acionado automaticamente quando vemos uma pessoa bonita, fica ainda mais ativo quando essa pessoa sorri. O sorriso é, portanto, o tratamento de beleza mais rápido, barato e democrático que a natureza – e a neurociência – já inventou...

terça-feira, abril 23

Você é um bom ouvinte?



TORNE-SE UM OUVINTE MELHOR

Cresci acreditando que era um bom ouvinte. E embora tenha me tornado um ouvinte melhor nos últimos dez anos, tenho que admitir que sou, ainda e apenas, um ouvinte adequado.
Ouvir efetivamente é mais do que simplesmente evitar o péssimo hábito de interromper os outros enquanto falam, ou terminar as frases por eles. É se sentir feliz ao ouvir plenamente o pensamento de outrem, em vez de aguardar, impaciente, sua oportunidade de responder.

De certa maneira, a maneira como falhamos como ouvinte revela muito sobre como vivemos. Frequentemente tratamos a comunicação como se estivéssemos numa corrida. É como se nosso objetivo fosse não permitir qualquer intervalo entre a conclusão da frase da pessoa com quem estamos falando e o início de nossa frase. Minha mulher e eu estávamos, recentemente, num café, almoçando, de ouvidos sintonizados nas conversas à nossa volta.Parecia que ninguém estava realmente prestando atenção ao que os outros falavam; o que eles faziam era alterar períodos em que um não escutava o que o outro dizia. Perguntei a minha mulher se eu costumava fazer o mesmo. Com um sorriso nos lábios ela declarou: “ Só de vez em quando."

Diminuir seu ritmo de resposta e tornar-se um ouvinte mais aplicado o ajudará a se tornar uma pessoa mais pacífica. Alivia a pressão. Se você pensar a respeito, verificará que dispendemos uma quantidade de energia desmesurada e muito estresse quando ficamos na ponta da cadeira, tentando adivinhar o que a pessoa à nossa frente ou ao telefone ) dirá, para que sejamos os mais ágeis na resposta. Mas, quando você espera que a pessoa com quem está se comunicando acabe, ou simplesmente ouve mais atentamente o que está sendo dito, perceberá que a pressão sobre você se alivia. Você imediatamente se sente mais relaxado, e as pessoas com quem está falando, também. Sentem-se seguros diminuindo o ritmo de suas próprias respostas porque sentem que com você não há competição pela pausa de respiração!

 Tornar-se um ouvinte melhor, não só faz de você uma pessoa mais paciente, como também melhora a qualidade de suas relações. Todo mundo adora conversar com alguém que realmente ouve o que se está dizendo .
Livro : Não Faça Tempestade em Copo D`Água – Pág - 91


domingo, abril 21

AS CRÍTICAS E QUEIXAS DEVERIAM SER ENTREGUES EM CAIXINHAS DE VELUDO



Entre um casal, nem tudo são maravilhas e as diferenças devem ser expressadas, mas com respeito, nunca no meio de uma discussão. Na hora da briga, emerge nosso lado mais primitivo e acabamos dizendo o que não devemos, ou pelo menos de um jeito que não devemos. Faz melhor quem espera a poeira baixar para falar amorosamente com seu amor sobre o que está incomodando na união.

No calor da discussão, a pretexto de dizer “poucas e boas”, veredictos são emitidos, julgamentos são feitos, sentenças são atribuídas. Que hora mais infeliz para se dizer qualquer coisa: o emissor da mensagem não consegue se fazer ouvir e, consequentemente, respeitar, e o receptor perde a chance de ser nutrido com algo que, se dito em momento mais oportuno, poderia ser precioso. Nesse embate, só há perdedores.
Bate-bocas ativam nas pessoas o que nelas há de mais irracional, trazendo para o primeiro plano a impulsividade, a impetuosidade, a falta de filtro. Quem não viveu ou testemunhou situação desse tipo? Os interlocutores dizem coisas acreditando que o “sujeito” de suas falas seja sua personalidade consciente. Engano. Em situações passionais, a consciência é engolida pelo inconsciente, isto é, pelo elemento primitivo, associado ao plano dos instintos, que, em condições normais de temperatura e pressão, mantémse silencioso, embora não morto. As pessoas imaginam ter domínio sobre a situação, mas são meros ventríloquos de parcelas poderosas de seu inconsciente. Uma vez desencadeado, é praticamente impossível brecar o fluxo desenfreado das emoções. Os atacantes proferem “verdades”, no estilo “E digo mesmo! E você isto e aquilo e aquilo outro. E tem mais isto! E fique sabendo que você..., porque você nunca... e você sempre... E sua mãe, então...”, desenrolando um carretel de impropérios e desqualificações de toda ordem.
Se o interlocutor morde a isca e embarca na mesma viagem (na mesma “maionese”, talvez se possa dizer), é o que basta para que, em lugar de um diálogo, se instale um embate titânico entre forças jurássicas. O elemento humano, em situações como essa, já escorreu pelo ralo. Quanto desperdício de energia psíquica!
A incidência de episódios assim, passionais, na vida de um casal costuma indicar que poeiras foram varridas para debaixo do tapete; quinquilharias foram ocultadas no porão; mágoas foram negadas; dores, sonegadas; amores, não amados como deveriam ser. É só mexer no vespeiro para que todo esse entulho apareça, em geral com consequências desastrosas.
Quem ama não sonega. Nem do outro, nem de sua própria consciência. Dores e desagrados são elementos integrantes da experiência amorosa. No entanto, incluí-los e comunicá-los apenas no momento do desespero e da ira é a mesma coisa que entregar um bebê aos cuidados de uma hiena. O bebê pode se desenvolver, mas de modo catastrófico.
Críticas, queixas, assinalamentos, protestos, tudo isso requer tratamento requintado. São joias. Precisam ser reveladas em caixinhas de veludo. São expressões da faceta difícil, mas legítima, do amor. Não antagonizam com o amor. Servem para torná-lo mais forte, mais maduro. Por isso mesmo, para serem reveladas, requerem a mais amorosa das atitudes. Isso não significa que devam ser dissimuladas ou distorcidas. Devem — isto sim — ser veiculadas com clareza, com comedimento e sem presunção (sem que a elas se imprima o caráter de “verdades”) e com profundo respeito pelo outro. Se são coisas amorosas — e, em princípio, são —, devem ser entregues como presentes. O outro se sentirá visto com olhos límpidos e profundamente considerado, o que nele promoverá acolhimento e gratidão.

Autor : Alberto Lima - Psicoterapeuta de orientação Junguiana, é professor-doutor em Psicologia Clínica e autor de O Pai e a Psique .
REVISTA CARAS | 18 DE ABRIL DE 2013 (EDIÇÃO 1015 - ANO 19).

sexta-feira, abril 19

MAIS QUE UMA PARTILHA . UM TEMPO DE CURA !

Galera , começa amanhã na PAES o novo Grupo de Passos no CR Recife , ainda temos vagas . 
Acredite. A felicidade combina com você !! 

 Maiores informações , em nosso facebook.com/crecife ou diretamente na PAES , na Av.Bernardo Vieira de Melo , 1.200 - Piedade 



terça-feira, abril 16

Saúde mental x exercício físico




Os benefícios do exercício físico para a saúde mental

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O transtorno mental é uma doença biopsicossocial que compromete o padrão psicológico/biológico/interações sociais, levando o indivíduo a um aumento do sofrimento, deficiência e consequentemente a uma perda de liberdade. Tem na depressão sua manifestação mais conhecida, sendo esta um dos grandes problemas da sociedade moderna, chegando a atingir até 17% da população mundial. O problema assume contornos de saúde pública, se considerarmos que, apesar de contarmos com diversas opções de medicamentos farmacológicos, somente 30 a 35% dos pacientes depressivos respondem ao tratamento com psicofármacos.

Pesquisas têm demonstrado uma grande contribuição da atividade física regular associada à terapia medicamentosa no controle dos sinais e sintomas da depressão. A prática de exercícios físicos regulares ajuda no controle das substâncias chamadas catecolaminas, produzidas no sistema nervoso e que controlam nosso nível de estresse, pressão arterial, batimentos cardíacos e o fluxo de sangue para o cérebro, aumentando a auto-estima e a capacidade de lidar com problemas, além de influenciar também no humor.

Uma pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine, importante periódico médico científico, mostrou que trinta minutos de caminhada em uma esteira ergométrica durante dez dias, diminuíram em 25% os índices de depressão em doze pessoas estudadas. Outra pesquisa publicada no periódico especializado Journal of Clinical Psychiatry, refere que a atividade física pode funcionar como um segundo medicamento aos pacientes que não respondem satisfatoriamente à primeira medicação aplicada após o início do tratamento. Segundo os cientistas responsáveis pela pesquisa, tanto os exercícios leves como os moderados, se feitos diariamente, funcionam tão bem quanto a inclusão de uma nova droga ao tratamento.

O tipo e o nível do exercício a ser incluido na terapia, no entanto, dependem das características de cada paciente. De acordo com especialistas, a prática rotineira do exercício físico pode ser tão benéfico quanto incluir uma segunda medicação à terapia, em sua maioria os pacientes preferem a atividade física porque vislumbram no exercício um efeito positivo à saúde global.

Os mecanismos responsáveis pela diminuição dos níveis de depressão ou até mesmo a diminuição do risco de seu desenvolvimento por praticantes de atividade física regular são desconhecidos. Porém um controle na produção de neurotransmissores, como a noradrenalina e a serotonina, podem contribuir para a melhora da auto-imagem e maior sociabilização.

Independente da faixa etária e sexo, todos podem se beneficiar do exercício físico no combate à depressão, ansiedade e demais afecções mentais. Trata-se mesmo de uma questão de saúde pública, já que a atividade física se apresenta como uma forma de tratamento acessível, barata, não farmacológica e capaz de gerar benefícios que excedem os efeitos antidepressivos, promovendo o bem-estar biopsicossocial.

Não há uma atividade física específica que se destaque em relação às outras, isso depende da preferência de cada pessoa e da orientação profissional de um médico e de um educador físico.
É extremamente importante que antes de se iniciar qualquer atividade física, até mesmo uma caminhada matinal, procure-se um médico especialista, pois somente ele pode avaliar e determinar se o paciente possui plenas condições de realizar exercícios ou apresenta alguma contra indicação para tal.

A matéria acima foi elaborada pela médica do trabalho, Dra Vânia Cristina Campelo Barroso Carneiro, lotada na GI Gestão de Pessoas Belém/PA. 

sexta-feira, abril 12

Proporção de brasileiros que consomem álcool semanalmente cresce 20% nos últimos seis anos , aponta pesquisa

São Paulo – A quantidade de brasileiros que consome álcool semanalmente cresceu 20% nos últimos seis anos, aponta o 2° Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado hoje (10) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Entre as pessoas que bebem, a proporção dos que consomem álcool uma vez por semana ou mais passou de 45%, em 2006, para 54% nesta pesquisa.

O estudo da Unidade de Pesquisas em Álcool e Droga (Uniad) da Universidade Federal de São Paulo mostra ainda que entre as mulheres o aumento nessa frequência de consumo foi ainda mais significativo, passando de 29% para 39%. Entre os homens, o crescimento registrado foi 14,2%.

Em termos gerais, a população que bebe não variou significativamente, passando de 52% para 50%. Pesquisadores destacam que o aspecto mais relevante registrado neste segundo levantamento é o crescimento de um comportamento nocivo em relação ao álcool.

Houve aumento das pessoas que ingerem grandes quantidades de álcool (quatro unidades para mulheres e cinco para homens) em um curto período de tempo (duas horas). A proporção dessa forma de consumo passou de 45% para 59%. Entre o sexo feminino, há novamente, um crescimento maior, de 36% para 49%.

quinta-feira, abril 11

Oportunidade - SUS Amplia tratamento a Fumantes

Oportunidade

SUS vai ampliar tratamento a fumantes

Juliana Conte
cigarro-absolut_100Com o objetivo de incentivar a população brasileira a largar o cigarro – que de acordo com estimativas mata cerca de 200 mil pessoas por ano no país -, o Ministério da Saúde (MS) irá ampliar o acesso de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) a tratamentos para parar de fumar, já que o tabagismo é um dos principais fatores de risco para a incidência de infartos, derrames e vários tipos de câncer.
A medida foi publicada hoje (08/04/2013) no Diário Oficial da União e, segundo informações da Pasta, irá ampliar em até dez vezes o número de unidades de saúde do SUS que fornecem tratamento aos fumantes. Atualmente, há 3 mil centros de saúde que oferecem tratamento psicológico e medicamentoso e programas educativos, terapêuticos e preventivos a quem deseja parar de fumar. Pelas novas regras, a habilitação de serviços ocorrerá por meio do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ), do MS, que já atinge 30 mil unidades em 5,1 mil municípios do país. Dessa maneira, todas as unidades poderão optar por oferecer o serviço.
Segundo o ministério, até o momento, cerca de 5 mil municípios manifestaram interesse em oferecer o tratamento. Os gestores municipais devem inscrever a cidade interessada em receber o programa durante o mês de abril.
A pesquisa Vigitel 2011, do MS, demonstra que 14,8% dos brasileiros acima de 18 anos fumam. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD 2008) apontou que 14,7% dos fumantes – cerca de 2,3 milhões de pessoas – desejam parar de fumar nos próximos 12 meses. Com isso, a meta do governo é reduzir de 15% para 9% a taxa de fumantes na população adulta até 2022.
Para se ter uma ideia, o MS gasta em média cerca de R$12 milhões anuais no tratamento de fumantes, entretanto, a projeção da Pasta é que esse valor chegue a R$60 milhões conforme transcorra a adesão das unidades de saúde. No ano anterior, aproximadamente 175 mil pacientes foram tratados por meio do programa em 1.159 municípios.
Outra iniciativa prevista na portaria é a capacitação de profissionais em cada unidade, que atenderão quem quer largar o tabaco. A capacitação não abordará somente o tratamento medicamentoso; incluirá também abordagem comportamental qualificada para incentivar o fumante a prosseguir com o tratamento até o final.
Fonte:

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