quinta-feira, fevereiro 9

Compulsão Alimentar - A angústia por trás da fome


 

Levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, mostra que 59,4% dos paulistanos estão acima do peso.

O sobrepeso atinge hoje 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. Além disso, 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade e cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos também sofrem com o mesmo problema.

Desde 1980, o número de obesos dobrou e atualmente já são 300 milhões no planeta, tornando esse um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade.

Por trás destes números, pode estar escondida uma Patologia chamada "Compulsão Alimentar".

A compulsão alimentar ou "comer compulsivo" é um transtorno caracterizado por episódios em que a pessoa ataca a comida e é capaz de devorar uma quantidade absurda de alimentos num curto espaço de tempo, muitas vezes sem se preocupar em apreciar o sabor : come tudo rapidamente, não mastiga direito e engole nacos respeitáveis de uma só vez.

Na realidade, por trás deste comportamento, existe um problema emocional. Nos quadros de depressão, por exemplo, pode haver um aumento de apetite; principalmente por doces, massas e frituras, que são ótimos estimulantes de serotonia e dopamina – que minimizam os sintomas de depressão.Assim, a pessoa cria uma dependência química com a comida, uma vez que os alimentos equilibram os níveis bioquímicos do cérebro. Então, sob tensão psicológica, a comida é uma boa muleta para se acalmar.

Traduzindo para uma linguagem simples, a pessoa sente um "vazio interior" promovido por angústias e tristezas. Quando ela se alimenta, a sensação de prazer faz com que esses sentimentos negativos diminuam. Porém, em pouco tempo (como o problema não era a falta de comida), a sensação de vazio emocional reaparece, requerendo uma nova ingestão de alimentos.

Se você perceber um apetite exagerado, vontade incontrolável de comer quando está triste ou frustrado, se comer exageradamente e rápido demais, com pouca mastigação, sentindo arrependimento e tristeza após esses impulsos arrebatadores, falta de preocupação com o aumento de peso, constrangimento social e o prazer imensurável ao comer como uma "criança num parque de diversões", cuidado: está na hora de buscar ajuda.

Sem um atendimento psicológico adequado, você vai continuar com as suas angústias e se tornará mais uma vítima da obesidade e de todos os problemas que ela causa.

Fonte: www.alessandrovianna.com.br
    

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