Pesquisa mostra que os relacionamentos afetivos fazem com que os
casais reduzam consumo de álcool, cigarro e drogas ilícitas
Tarcísio e Fernanda modificaram os hábitos já na gravidez do
filho
A solteirice é muitas vezes marcada por farras, bebedeiras e
noites mal dormidas. Contudo, basta encontrar um par, a tão sonhada alma gêmea,
para os tempos de excessos chegarem ao fim. Não importa se é no começo do
relacionamento, quando o casal ainda está se conhecendo, ou quando a relação
fica mais consolidada. Mais dia menos dia, os abusos ficam menos frequentes. É
o que garante um estudo divulgado pelo Centro de Informações sobre Saúde e
Álcool (Cisa). De acordo com a pesquisa, a qualidade do relacionamento, a
adoção dos padrões comportamentais do parceiro e a interação entre essas duas
variáveis protegem os casais de jovens adultos do consumo excessivo de álcool e
de outras drogas.
A pesquisa analisou 909 estudantes dos ensinos fundamental e
médio de 10 escolas públicas norte-americanas e os acompanhou por até dois anos
após o término do ensino médio. Segundo a psiquiatra e coordenadora do Cisa,
Camila Magalhães, os grupos foram divididos nas seguintes categorias:
casamento, coabitação sem casamento, namoro sem coabitação e solteiros. “Também
foram investigadas a interação com o uso de drogas pelo parceiro e a qualidade
do relacionamento”, diz.
O resultado chama a atenção porque geralmente os estudos
abordam relacionamentos mais sérios (casamento ou morar junto) como fatores
protetores. Ainda não tinha sido comprovado que o namoro também poderia exercer
tal efeito. Um dos resultados mais interessantes foi que o simples fato de
namorar já surte um efeito protetor com relação ao uso de álcool e da maconha.
A especialista explica que o uso de álcool é influenciado
por diferentes motivos, como gênero, fatores sociais, econômicos e genéticos,
mas há o peso das “responsabilidades” quando a relação fica mais consolidada.
Antes de seu filho nascer, Tarcísio Xavier, 33 anos, e Fernanda Laube, 28,
tinham como principal entretenimento ir a bares. “Se deixasse, a gente bebia
quase todos os dias”, lembra Fernanda. Com o nascimento de Tharso, agora com 2
anos, o consumo teve que diminuir. “Primeiro, ela ficou grávida. Então, como
não podia beber, eu acabei diminuindo para acompanhá-la. Depois que ele nasceu,
o foco foi outro e o consumo diminui ainda mais”, explica Tarcísio. (Do Correio
Braziliense)
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